Festeiros do Divino Espirito Santo 2014

 

Gervaci e Bete                   
Tito e Fatima                   
Vilmar e Alzira                   
Alberto e Veci                     
Domingos e Francisca        
Newton e Georgina            
Neurivaldo e Iêda               
Amélia

 

Festeiros do Bom Jesus dos Aflitos

 

Aldecy e Neusa                      

Cezinha e Conceição           

Zuza e Rosiane                 

Déo e Rosileide

Romlson e Eny                  

Raimundo e Elisangela

Alanderson e Gessica

Bino e  Maria              

Fabíola

Suley                              

Paulo Victor e Eleny          


Três importantes ensinamentos para o nosso coração

 

A Palavra de Deus hoje tem três coisas importantíssimas para o nosso coração.

“Os apóstolos disseram ao Senhor: ‘Aumenta a nossa fé!’” (Lc 17,5).

Meus amados irmãos e irmãs em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a Palavra de Deus hoje tem três coisas importantíssimas para o nosso coração. A primeira delas é que nós não podemos ser motivo de escândalo para ninguém, não podemos ser motivo de desânimo na fé; e isso tem de começar em nossa própria casa.

O escândalo é uma ocasião de contradição, é apontarmos uma direção, mas fazermos outra coisa. São escandalosos os pais que não dão bons exemplos para seus filhos; é um escândalo falarmos uma coisa, mas vivermos outra; é um escândalo não testemunharmos a nossa fé. Que nós não sejamos causa de queda para ninguém.

A Palavra de Deus nos chama à atenção para a correção fraterna. Devemos ter primeiro uma atitude de vigilância, depois de caridade quando nos corrigimos uns aos outros. Se nós não tivermos caridade no coração, não conseguiremos corrigir ninguém. Se nosso irmão erra, peca, falha, faz aquilo que não é correto, se ele começa ser causa de escândalo, de pecado, nós devemos chamá-lo em particular, conversar com ele e lhe dizer: “Irmão, não é esse o caminho. O que você faz ou está fazendo não está edificando você nem ninguém”. Se ele ouvir, o teremos ganhado; mais ainda: se ele fizer sete vezes algo que não edifica e sete vezes arrepender-se, deveremos perdoá-lo. Temos de perdoar sempre que alguém quer voltar do mau caminho.

Assim como Deus nos perdoa todas as vezes, nós também devemos perdoar uns aos outros setenta vezes sete como nos aponta a obra do Senhor. Nós não devemos negar o perdão a quem se arrepende, porque o Pai nunca nos negará o Seu perdão e a Sua bondade.

Por último, os apóstolos pedem ao Senhor: “Aumenta a nossa fé”. Jesus mesmo diz que se tivermos fé do tamanho de um pequeno grão de mostarda, Ele realizará milagres. Meus irmãos, não se trata apenas de crer em Deus, porque todos nós cremos n’Ele, mas trata-se de ter n’Ele a nossa confiança, de fazer d’Ele a nossa esperança e a razão da nossa vida. Se nós não nos desmotivarmos na fé, tudo aquilo que quizermos alcançará o Coração do Senhor. 

Deus abençoe você!

 

 

 

Não despreze a presença amorosa da Palavra de Deus

Não despreze a presença amorosa da Palavra de Deus no meio de nós, não despreze Jesus, que nos fala pelos fatos, pelos acontecimentos, pelas pessoas simples.

Louvamos e bendizemos a Deus pelos mártires São Carlos Lwanga e seus companheiros mártires que deram suas vidas para a causa de Cristo no Evangelho, no continente africano, onde a escravidão culminou por muitos anos, a colonização estrangeira.

São Carlos Lwanga e seus companheiros foram capazes de dar suas vidas por causa de Cristo. Na mensagem do Evangelho de hoje, é o próprio Jesus quem está mostrando a nós, por meio dessa parábola, que um homem planta sua vinha, cuida dela e, depois, a concede aos agricultores e viaja para longe. Quando volta, este homem manda o empregado aos agricultores para receber a sua parte pelos custos da vinha. Os agricultores, então, pegam o empregado, batem nele e o desprezam.

Então, o dono da vinha manda outro empregado e os agricultores novamente desprezam o empregado enviado, e este é morto.

Restou, então, ao senhor da vinha, o seu filho querido. Ele o enviou para que fosse aos agricultores e pensou consigo: “Pelo menos, com meu filho, terão mais respeito”. Muito pelo contrário, os agricultores também bateram, humilharam e mataram o herdeiro, pensando em ficar com sua herança. Os judeus, ouvindo Jesus contar essa parábola, ficaram indignados.

Jesus é enviado para os Seus, mas estes não O recebem e O desprezaram. Ele, muitas vezes, quer entrar em nossa vida, em nosso meio, nas nossas situações, porque, onde Jesus está, Ele traz a salvação. Cristo quer nos salvar do poder da morte, quer nos salvar do pecado, mas nós, muitas vezes, O desprezamos e também a Sua Palavra.

Não despreze a presença amorosa da Palavra de Deus no meio de nós, não despreze Jesus, que nos fala pelos fatos, pelos acontecimentos, pelas pessoas simples; não despreze o Senhor que fala por seus profetas nem Jesus presente vivo na Sua Palavra, na Eucaristia, pois suas manifestações amorosas, no meio de nós, é a presença do próprio Deus.

Que nós não caíamos nesse terrível mal, nesse terrível engano de desprezar Jesus no meio de nós; muito pelo contrário, vamos nos despojar, despir-nos do nosso orgulho, da nossa autossuficiência e acolher Jesus, cada vez mais, no meio de nós.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova

 

 

Significado da Festa de Corpus Christi, celebrada nesta Quinta

 

Nesta quinta-feira, 30, a Igreja Católica, em todo o mundo, comemora o dia de Corpus Christi. Nome que vem do latim e significa “Corpo de Cristo”.

A festa de Corpus Christi tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia - o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo.
 
Acontece sempre em uma quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue.

"O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna e, eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente" (Jo 6, 55 - 59).

Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós.

Origem da Celebração

A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.

Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal "Trasnsiturus de hoc mundo", estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes.

A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.

No Brasil

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.

A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento.

A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.

Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

 

 

 

 

Chamados a viver a espiritualidade da renúncia

Todos nós discípulos de Jesus Cristo somos chamados a viver a espiritualidade da renúncia. É impossível sermos discípulos de Jesus Cristo e sermos pessoas apegadas às coisas desse mundo.

 

“Muitos que agora são os primeiros serão os últimos. E muitos que agora são os últimos serão os primeiros” (Mc 10,31).

Hoje, Jesus nos apresenta a espiritualidade do segmento, daqueles que, de forma radical, são capazes de deixar tudo para seguir o Senhor. Ele mesmo dirá que, aquele que deixou casa, mãe, irmãos, campos, por causa do Evangelho, receberá cem vezes mais, ainda aqui no mundo e também na vida futura, a vida eterna.

Se olharmos para os consagrados a Deus, vemos que eles tiveram a ousadia da renúncia, a capacidade de entender o chamado de Jesus, deixaram tudo por causa do Senhor e vivem, com fidelidade, a sua vocação, seu chamado, o segmento de Cristo. É o próprio Senhor a sua recompensa, aqui, nessa vida e também na vida futura, o prêmio da bem-aventurança eterna.

Todos nós discípulos de Jesus Cristo somos chamados a viver a espiritualidade da renúncia. É impossível sermos discípulos de Jesus Cristo e sermos pessoas apegadas às coisas desse mundo. Para irmos à Missa, viver o Evangelho a cada dia, a vida de oração, para vivermos no segmento de Jesus Cristo é necessário renúncia, é necessário deixar aquilo que seria mais prazeroso para nós.

Aquilo que o mundo valoriza, aquilo que o mundo diz – ser o primeiro, ganhar muito dinheiro, dar-se bem nas coisas – é contrário à lógica do Evangelho. O que o mundo valoriza, em primeiro lugar, os valorizados como ‘o mais importante’, poderá ficar em último lugar no Reino de Deus, porque os primeiros serão os últimos e vice-versa.

Valorize a simplicidade, dê valor aos pequenos, dê atenção aos que sofrem, àqueles que precisam de presença fraterna, evangélica e amorosa. Seja sinal do Reino do Senhor onde quer que você se encontre. É Deus quem olha o nosso desprendimento, o qual nos deixa mais próximos do coração de Deus.

Deus abençoe você!

 

Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova

 

Este é um mês especial! Mês das Mães, Mês de Maria.

 

As Mães que Deus escolheu para nos gerar, criar, educar, proteger e amar. Não foi por mero acaso.

É o Mês de MARIA, a Mãe de Jesus .

Maria, através de seu semblante deixa transparecer a divindade de seu Filho muito amado, Jesus. Ela é a Mãe do Puro Amor.

Maria é promessa e esperança, é ternura e solidariedade, é bondade e amor. É o veículo direto que nos comunica com Seu Filho. É nossa intercessora.

A ela, confiamos nossas fraquezas, nossos sofrimentos, nossas limitações. Maria é nosso HELP!

O colo de Maria é maternal. Nele, encontramos abrigo e consolo. Ela nos conforta, nos acalenta. A presença da Virgem Maria em nossas vidas é real. Maria nos guia a cada momento. É mãe cuidadosa e amorosa com seus filhos. Assim, também, devemos ser com nossos filhos, semelhantes à Maria. Tratá-los com carinho sob nossa orientação e cuidados, mesmo que tenhamos que nos esforçar em certas ocasiões.

Devemos ser fiéis à Mãe de Deus, oferecendo nossas orações, aflições, angústias e tendo-a em lugar especial e respeitoso em nossas vidas.

Ela, não se esquece de nós. Precisamos ser Mães como Maria, acalentando nossos filhos, educando-os e amando-os, dentro dos princípios morais, éticos e religiosos. Sejamos mães comprometidas com nossos filhos, até as últimas conseqüências. Isso, alegrará o Coração de Maria.

Maria supervisiona nossa maternidade. Ela é Mãe Celeste das Mães.

Ela nos abençoa e solidifica nossa fé em seu Filho amado.

Com Maria firmamos nosso elo de união com Jesus Cristo seu FILHO.

Cuidado com o sentimento de grandeza!

 

“Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: ‘Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!’. Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e, abraçando-a, disse: ‘Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou’”(Mc 9,35-37).

Nós adultos somos muito complicados. A nossa cabeça, infelizmente, é muito complicada, pois temos nossas ambições, competições, vaidades, nosso orgulho e nossa autossuficiência. Isso tudo cria muitos problemas em torno de nós. Muitas vezes, queremos ser mais do que o outro nos gestos, nas atitudes e naquilo que fazemos. Mas não é assim que se comporta um discípulo do Senhor.

Um discípulo tem de ter o espírito de uma criança na pureza, na ingenuidade, sobretudo nas atitudes. “Quem quiser ser o maior, que seja o menor de todos.” Ser maior quer dizer ser mais importante; e ser importante, na concepção de Jesus, quer dizer servir ao outro, ao próximo, lavar os pés uns dos outros, cuidar deles.

Que Deus quebre essa nossa mentalidade egoísta, nosso orgulho, nossa autossuficiência e toda essa vontade que temos de ser mais que os outros. Todo esse sentimento de grandeza nos leva a “pisar” uns nos outros e a não tratá-los como irmãos.

O desejo e a vontade de Deus é que sejamos irmãos uns dos outros. Que o Evangelho, então, nos ensine que ninguém pode pisar em ninguém, nem querer ser maior do que ninguém. Se alguém se achar melhor ou mais importante, que isso seja demonstrado pelo serviço, pela doação.

Deus abençoe você!

 

 

 

O Espírito Santo nos dá a vitória

 

Esse Espírito nos ajuda a vencer e enfrentar as contrariedades da vida. Ele nos dá a graça de sermos vitoriosos.

 

“Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava” (At 2,4). 

O que aconteceu, na Igreja, no dia de hoje, são as primícias do início da Igreja. Esta foi revestida do poder do Alto, e não se trata de uma instituição humana nem de uma sociedade civil, mas da Igreja do Senhor, congregada, unida sobre o poder e a ação maravilhosa do Espírito Santo de Deus. 

Hoje, todos nós cristãos do mundo inteiro meditamos, contemplamos e nos abrimos para essa graça que se chama o “derramamento do Espírito Santo”. Deus derrama o Seu Espírito sobre toda a face da terra e esta abre-se para essa graça do Senhor. Nós podemos pregar, anunciar, podemos fazer o Reino de Deus acontecer na força e no poder do Espírito. 

Louvado seja Deus, bendito e adorado seja Ele. Glorificado seja o nome do Senhor, porque Ele nos deu Seu Espírito para que venha trazer toda a unção do Alto. Primeiro, para proclamarmos Jesus como nosso Senhor e Salvador, para levarmos Sua mensagem a todos os cantos e a todos os lares sob a ação do Paráclito. 

Esse Espírito cura-nos, liberta, restaura e transforma-nos. Ele realiza uma obra nova em nós e nos dá gosto pelas coisas de Deus, pelas palavras d’Ele. 

Esse Espírito nos ajuda a vencer e enfrentar as contrariedades da vida, porque, nem sempre, o vento é favorável, nem sempre ele vem em nosso favor. Quem nos dá a graça de sermos vitoriosos é o Espírito de Deus, é Ele quem nos dá o Seu penhor, a Sua verdadeira parresía, que precisamos para ser ousados na vivência da fé. 

Que eu e você sejamos revigorados por essa força do Alto chamada Espírito Santo, um Pentecostes na vida de cada um de nós, um novo Pentecostes no coração da Igreja. 

Deus abençoe você.

 

O Senhor não quer você triste

 

 dizendo: “Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria” (Jo 16,20).

Enquanto nós nos entristecemos com as verdades do mundo e suas desgraças, ele, que não conhece Deus, parece estar rindo, zombando de nós e até mesmo do Senhor. O mundo que vive as festas, orgias, fantasias parece que se alegra com todas as coisas; e nós sofremos, choramos por aquilo que o mundo nos faz passar.

Aqueles que conhecem Jesus passam por momentos difíceis, por perdas, mas nunca ficam na tristeza, porque o próprio Deus nos dá a graça de transformá-la em alegria. Se você está triste há muito tempo, precisa, hoje, de uma intervenção divina. O Senhor não quer você triste; muito pelo contrário, o seu Espírito está em nós, a alegria da Sua Ressurreição está no meio de nós e temos até o direito de ficarmos tristes, mas é só por um momento.

Não podemos transformar a nossa vida num vale de lágrimas. Que o Espírito de Deus venha em nosso socorro, em nosso auxilio, e cure toda a tristeza do nosso coração. Que a bondade e a ternura de Deus transformem aquilo que nos causa tristeza em motivo de alegria por causa do amor de Deus que está em nós.

Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova

 

 

Evento:

ENCONTRO DE JOVENS MISSIONÁRIOS

 

Neste 13 de Abril (domingo) aconteceu o Encontro Jovens Missionários.

Cerca de 90 jovens de Ponte Alta do Bom Jesus e Novo Jardim se reuniram num encontro de missionários. Com a missão de evangelizar. Sairam nas casas visitando as famílias na cidade de Novo-Jardim e por fim, a Santa MISSA com toda a comunidade. Mais uma realização de nossa Paróquia Bom Jesus dos Aflitos.

Deus abençoe a todos!

Selma Cerqueira Pequeno

 

Basta deixar-se conduzir pelo Espírito!

          

Estamos diante de uma contradição entre a incredulidade dos judeus – representados por Nicodemos – e o anúncio do novo trazido por Jesus. Nicodemos, embora mestre, não conseguia enxergar a água que regenera o homem, tornando-o uma nova criatura.

Quem se faz discípulo do Ressuscitado deve dispor-se a viver a aventura do Espírito que o transforma. Essa exigência está contida na afirmação enigmática de Jesus: “O vento sopra onde quer; você escuta o barulho, mas não sabe de onde ele vem nem para onde vai. A mesma coisa acontece com quem nasceu do Espírito”.

Esse alerta é fundamental para quem foi iniciado no processo de discipulado. Tornar-se discípulo de Jesus comporta colocar-se à inteira disposição do Espírito. Só assim irá se precaver contra a tentação de querer “aprisionar” o Espírito e colocar Deus dentro dos próprios limites humanos. Opção empobrecedora, pois impede o ser humano de deixar desabrochar toda a riqueza de dons que lhe foi confiada por Deus.

Fechando-se dentro de seus próprios limites, o discípulo tende a acomodar-se, a não ser criativo e a contentar-se com o pouco, a deixar-se abater pelas críticas, pelas incompreensões e insucessos.

Soprando onde e como quer, o Espírito proporciona ao discípulo um dinamismo incomum, a ponto de se admirar com os próprios feitos. Embora pequeno e frágil, não temerá realizar grandes empresas. Tornar-se-á forte diante das contrariedades da vida, a ponto de superá-las todas, e destemido ao dar testemunho do Ressuscitado. Mostrar-se-á, também, possuidor de uma sabedoria, antes desconhecida, e manterá viva a chama da fé e da esperança, quando o fracasso bater à sua porta. Basta deixar-se conduzir pelo Espírito!

Quem dera, meu irmão, que todos nos abríssemos profundamente para receber o dom de Deus que consiste em nascer pela água e pelo Espírito!

É necessário aceitar o testemunho do Cristo Ressuscitado e ser-lhe fiel para que o novo nascimento, que é o Batismo, nos introduza verdadeiramente na Vida Eterna.

Padre Bantu Mendonça

 

 

Maria, exemplo de humildade e obediência ao Pai             

No Evangelho de hoje, três aspectos me chamaram à atenção: a fé de Maria que não questiona a vontade de Deus transmitida pelo anjo, o conteúdo da mensagem do anjo e a obediência expressa na resposta: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”.

Maria recebeu o dom da divina maternidade porque teve fé e pela fé se torna felizarda. O nascimento de Jesus é obra da intervenção de Deus, pois Maria concebe sem conhecer homem algum. Aquele que vai iniciar nova história surge dentro da história de maneira totalmente inédita.

O título “Filho de Deus”, associado à ostentação de poder, foi atribuído aos faraós e a outros chefes de nações ou impérios, além de ao próprio rei Davi. Muitos discípulos de Jesus se inclinaram a essa interpretação. Jesus, contudo, sempre se colocou em relação de filiação com Deus Pai misericordioso e todo amoroso. Filho de uma jovem pobre e de um carpinteiro, Jesus revela-se como o Filho de Deus humilde e solidário com os pobres e excluídos, aos quais deseja comunicar a vida divina.

“Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra!” Palavras muito simples, mas que atraem responsabilidade. Pois, doravante, aquela pobre menina vai ser depositária dos desígnios de Deus. Deus entra no tempo por meio do ‘sim’ de Maria, que se coloca como escrava ao serviço do seu Senhor 24 horas por dia.

Maria é um exemplo de humildade e obediência ao Pai. Devemos aprender com Maria a darmos sempre o ‘sim’ a Deus acolhendo com humildade a Sua vontade sobre nós e nossas comunidades.

Maria do ‘sim’, ensina-me a dizer e viver o meu ‘sim’ a Deus. Amém.

Padre Bantu Mendonça

 

Quinta-feira Santa


O TRÍDUO SAGRADO DA PÁSCOA: JESUS MORTO, SEPULTADO, RESSUSCITADO

 

Um olhar de conjunto

 

“Ó abismo da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! Como são insondáveis seus juízos e impenetráveis seus caminhos!... Porque tudo é dele, por ele e para ele. A ele a glória pelos séculos! Amém” (Rm 11, 33.36).

A expressão de maravilha e de louvor por parte do apóstolo diante do mistério da aliança irrevogável de Deus com Israel - aliança que vai além da sua infidelidade - e do chamado dos pagãos a participarem da sua plena realização na morte e ressurreição de Cristo, bem interpreta os sentidos mais profundos da Igreja ao celebrar o solene Tríduo Pascal. Este evento Pascal é a fonte divina e perene da sua vida, assim como do caminho espiritual desenvolvido ao longo do ano litúrgico. A Igreja nos convida a entrar em atitude de maravilha e adoração.

O Tríduo Sagrado inicia-se na tarde da quinta-feira santa, com a celebração da Ceia do Senhor, e acaba com as segundas Vésperas do dia da Páscoa. A Igreja contempla com fé e amor e celebra o mistério único e indivisível do seu Senhor Morto (Sexta-feira santa), Sepultado (Sábado santo) e Ressuscitado (Vigília e dia de Páscoa).

 

A Quinta-feira santa: “Jesus... tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”

Bênção dos Santos Óleos

    Na Quinta-feira Santa, óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação.

Sempre que houver celebração com óleo, deve estar à disposição do ministro uma jarra com água, bacia, sabonete e toalha para as mãos.

    Não se sabe com precisão, como e quando teve início a bênção conjunta dos três óleos litúrgicos.

    Fora de Roma, esta bênção acontecia em outros dias, como no Domingo de Ramos ou no Sábado de Aleluia.

    O motivo de se fixar tal celebração na Quinta-feira Santa deve-se ao fato de ser este último dia em que se celebra a missa antes da Vigília Pascal. São abençoados os seguintes óleos:

    Óleo do Crisma - Uma mistura de óleo e bálsamo, significando plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar "o bom perfume de Cristo". É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento do sacerdócio, para ungir os "escolhidos" que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.

    Óleo dos Catecúmenos - Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha.

    Óleo dos Enfermos - É usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como "extrema-unção". Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.

 

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Instituição da Eucaristia

Na véspera da festa da Páscoa, como Jesus sabia que havia chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim (Jo 12, 1).

Caía a noite sobre o mundo, porque os velhos ritos, os antigos sinais da misericórdia infinita de Deus para com a humanidade iam realizar-se plenamente, abrindo caminho a um verdadeiro amanhecer: a nova Páscoa. A Eucaristia foi instituída durante a noite, preparando antecipadamente a manhã da Ressurreição.

 

 

Quinta-Feira Santa – Lava-pés – João 13, 1-15


1.    Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou. 2. Durante a ceia, – quando o demônio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de traí-lo -, 3. sabendo Jesus que o Pai tudo lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, 4. levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela. 5. Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido. 6. Chegou a Simão Pedro. Mas Pedro lhe disse: Senhor, queres lavar-me os pés!… 7. Respondeu-lhe Jesus: O que faço não compreendes agora, mas compreendê-lo-ás em breve. 8. Disse-lhe Pedro: Jamais me lavarás os pés!… Respondeu-lhe Jesus: Se eu não vos lavar, não terás parte comigo. 9. Exclamou então Simão Pedro: Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. 10. Disse-lhe Jesus: Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se; está inteiramente puro. Ora, vós estais puros, mas nem todos!… 11. Pois sabia quem o havia de trair; por isso, disse: Nem todos estais puros. 12. Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: Sabeis o que vos fiz? 13. Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. 14. Logo, se eu,  vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros. 15. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós.